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Estamos realmente no mesmo barco? Explorando as múltiplas camadas da exclusão
Estamos realmente no mesmo barco? Explorando as múltiplas camadas da exclusão
Estamos realmente no mesmo barco? Explorando as múltiplas camadas da exclusão
Raça/etnia
Raça/etnia
Liz Cosmelli
Liz Cosmelli
Liz Cosmelli
Especialista em DEI e mestra em Análise de Políticas Internacionais com ênfase em gênero e raça
Especialista em DEI e mestra em Análise de Políticas Internacionais com ênfase em gênero e raça
Especialista em DEI e mestra em Análise de Políticas Internacionais com ênfase em gênero e raça
05/11/2024
05/11/2024
Já discutimos por aqui como o racismo, a desigualdade de gênero e outras formas de discriminação impactam grupos minorizados de diversas formas.
Mas uma mulher trans negra enfrenta apenas o racismo? E quanto à transfobia? É possível vivenciar múltiplas formas de discriminação ao mesmo tempo?
Convidamos você a refletir sobre as experiências de pessoas que vivem na interseção de diferentes opressões, como gênero, raça, classe social, orientação sexual e deficiência.
A interseccionalidade, conceito popularizado pela jurista e ativista Kimberlé Crenshaw, nos ajuda a entender que as opressões não acontecem de maneira isolada, mas se sobrepõem, criando camadas de exclusão.
Se queremos criar um ambiente verdadeiramente inclusivo e equitativo, precisamos olhar além das categorias individuais de diversidade e reconhecer as complexidades das experiências de quem vive na intersecção de várias identidades de grupos minorizados.
Mas afinal, o que é Interseccionalidade?
A interseccionalidade é a análise das interações entre diferentes formas de opressão e discriminação. Pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+, ou com deficiência não vivenciam suas identidades de maneira isolada.
Por exemplo, uma mulher negra enfrentará tanto o racismo quanto o machismo em suas experiências diárias. Esses dois tipos de opressão se combinam, resultando em um impacto mais profundo na sua vida profissional, pessoal e emocional.
Como explica Kimberlé Crenshaw:
"A interseccionalidade não é apenas sobre múltiplas identidades, mas sobre como elas interagem com os sistemas estruturais da sociedade. No ambiente corporativo, por exemplo, uma mulher negra pode enfrentar obstáculos tanto por ser mulher quanto por ser negra, e as soluções precisam considerar essa complexidade"
———————————————————————————————————————————-
Desenvolva pessoas negras na sua empresa e seja uma organização antirracista de verdade
Conheça nossas soluções focadas em pessoas negras clicando aqui.
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Interseccionalidade no mercado de trabalho
No contexto corporativo, a interseccionalidade nos permite entender por que certas políticas de diversidade e inclusão falham em atingir uma mudança profunda.
Um programa voltado apenas para o aumento da participação feminina pode não contemplar as necessidades de mulheres negras ou mulheres trans, por exemplo.
Da mesma forma, iniciativas para combater o racismo podem não considerar como o sexismo afeta as mulheres negras de forma diferenciada.
As empresas que não olham a interseccionalidade em suas estratégias de diversidade correm o risco de contribuir com as desigualdades.
É por isso que é fundamental desenvolver políticas que considerem as diversas facetas da identidade das suas pessoas colaboradoras.
A experiência de quem vive na interseção
Mulheres negras: Estudos indicam que mulheres negras ganham, em média, 48% menos do que homens brancos no Brasil. Elas enfrentam o duplo preconceito de raça e gênero. Isso significa salários mais baixos, menor representatividade em cargos de liderança e, muitas vezes, serem vistas como menos competentes.
Pessoas LGBTQIAP+ negras: Para indivíduos que pertencem a essa comunidade, o racismo e a homofobia ou transfobia podem se somar, gerando exclusão e vulnerabilidade múltiplas. Isso resulta em altos índices de abandono escolar, dificuldades de inserção no mercado de trabalho e uma saúde mental fragilizada.
Pessoas com deficiência: As pessoas negras ou LGBTQIAP+ com deficiência enfrentam discriminação tanto por sua cor quanto por sua condição física. A falta de acessibilidade nas oportunidades de emprego é agravada pelo racismo ou LGBTfobia, o que as torna um dos grupos mais excluídos no mercado de trabalho.
Políticas inclusivas com foco na interseccionalidade
Para que as empresas criem ambientes mais inclusivos e equitativos, é necessário desenvolver estratégias que considerem a interseccionalidade.
Análise de dados: As empresas precisam coletar e analisar dados desagregados por raça, gênero, orientação sexual e deficiência. Somente assim poderão entender quem está sendo realmente beneficiado pelas políticas de inclusão e quem ainda está sendo deixado de lado.
Treinamentos: É fundamental que treinamentos de diversidade e inclusão abordem a interseccionalidade como um conceito central. Isso ajudará líderes e colaboradores a entenderem as diferentes camadas de opressão que seus colegas podem enfrentar.
Revisão de políticas internas: Processos de contratação, promoção e remuneração precisam ser revistos para garantir que os colaboradores com múltiplas identidades marginalizadas não sejam prejudicados. Isso inclui práticas como promoções, avaliações de desempenho e benefícios corporativos.
Canais de diálogo: Criar espaços seguros onde colaboradores possam discutir questões interseccionais sem medo. As vozes de grupos marginalizados precisam ser ouvidas e respeitadas.
Abraçar as diferenças
A inclusão só será possível quando entendermos as complexidades da interseccionalidade. Ignorar as múltiplas camadas de discriminação é perpetuar a exclusão.
Portanto, cabe a todos e todas nós – líderes, pessoas colaboradoras e instituições – trabalhar para garantir que a diversidade seja respeitada em todas as suas formas, e que as políticas de inclusão sejam verdadeiramente equitativas.
Só assim poderemos criar ambientes de trabalho saudáveis, inovadores e prósperos para todos.
"A interseccionalidade nos lembra que as questões de gênero, raça, classe e outras identidades não são separadas. Elas se cruzam e criam experiências únicas para cada pessoa" -- Patricia Hill Collins
Gostou do conteúdo e quer continuar o aprendizado sobre raça e branquitude? Faça o download gratuito do nosso eBook sobre racismo e mercado de trabalho.
Já discutimos por aqui como o racismo, a desigualdade de gênero e outras formas de discriminação impactam grupos minorizados de diversas formas.
Mas uma mulher trans negra enfrenta apenas o racismo? E quanto à transfobia? É possível vivenciar múltiplas formas de discriminação ao mesmo tempo?
Convidamos você a refletir sobre as experiências de pessoas que vivem na interseção de diferentes opressões, como gênero, raça, classe social, orientação sexual e deficiência.
A interseccionalidade, conceito popularizado pela jurista e ativista Kimberlé Crenshaw, nos ajuda a entender que as opressões não acontecem de maneira isolada, mas se sobrepõem, criando camadas de exclusão.
Se queremos criar um ambiente verdadeiramente inclusivo e equitativo, precisamos olhar além das categorias individuais de diversidade e reconhecer as complexidades das experiências de quem vive na intersecção de várias identidades de grupos minorizados.
Mas afinal, o que é Interseccionalidade?
A interseccionalidade é a análise das interações entre diferentes formas de opressão e discriminação. Pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+, ou com deficiência não vivenciam suas identidades de maneira isolada.
Por exemplo, uma mulher negra enfrentará tanto o racismo quanto o machismo em suas experiências diárias. Esses dois tipos de opressão se combinam, resultando em um impacto mais profundo na sua vida profissional, pessoal e emocional.
Como explica Kimberlé Crenshaw:
"A interseccionalidade não é apenas sobre múltiplas identidades, mas sobre como elas interagem com os sistemas estruturais da sociedade. No ambiente corporativo, por exemplo, uma mulher negra pode enfrentar obstáculos tanto por ser mulher quanto por ser negra, e as soluções precisam considerar essa complexidade"
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Interseccionalidade no mercado de trabalho
No contexto corporativo, a interseccionalidade nos permite entender por que certas políticas de diversidade e inclusão falham em atingir uma mudança profunda.
Um programa voltado apenas para o aumento da participação feminina pode não contemplar as necessidades de mulheres negras ou mulheres trans, por exemplo.
Da mesma forma, iniciativas para combater o racismo podem não considerar como o sexismo afeta as mulheres negras de forma diferenciada.
As empresas que não olham a interseccionalidade em suas estratégias de diversidade correm o risco de contribuir com as desigualdades.
É por isso que é fundamental desenvolver políticas que considerem as diversas facetas da identidade das suas pessoas colaboradoras.
A experiência de quem vive na interseção
Mulheres negras: Estudos indicam que mulheres negras ganham, em média, 48% menos do que homens brancos no Brasil. Elas enfrentam o duplo preconceito de raça e gênero. Isso significa salários mais baixos, menor representatividade em cargos de liderança e, muitas vezes, serem vistas como menos competentes.
Pessoas LGBTQIAP+ negras: Para indivíduos que pertencem a essa comunidade, o racismo e a homofobia ou transfobia podem se somar, gerando exclusão e vulnerabilidade múltiplas. Isso resulta em altos índices de abandono escolar, dificuldades de inserção no mercado de trabalho e uma saúde mental fragilizada.
Pessoas com deficiência: As pessoas negras ou LGBTQIAP+ com deficiência enfrentam discriminação tanto por sua cor quanto por sua condição física. A falta de acessibilidade nas oportunidades de emprego é agravada pelo racismo ou LGBTfobia, o que as torna um dos grupos mais excluídos no mercado de trabalho.
Políticas inclusivas com foco na interseccionalidade
Para que as empresas criem ambientes mais inclusivos e equitativos, é necessário desenvolver estratégias que considerem a interseccionalidade.
Análise de dados: As empresas precisam coletar e analisar dados desagregados por raça, gênero, orientação sexual e deficiência. Somente assim poderão entender quem está sendo realmente beneficiado pelas políticas de inclusão e quem ainda está sendo deixado de lado.
Treinamentos: É fundamental que treinamentos de diversidade e inclusão abordem a interseccionalidade como um conceito central. Isso ajudará líderes e colaboradores a entenderem as diferentes camadas de opressão que seus colegas podem enfrentar.
Revisão de políticas internas: Processos de contratação, promoção e remuneração precisam ser revistos para garantir que os colaboradores com múltiplas identidades marginalizadas não sejam prejudicados. Isso inclui práticas como promoções, avaliações de desempenho e benefícios corporativos.
Canais de diálogo: Criar espaços seguros onde colaboradores possam discutir questões interseccionais sem medo. As vozes de grupos marginalizados precisam ser ouvidas e respeitadas.
Abraçar as diferenças
A inclusão só será possível quando entendermos as complexidades da interseccionalidade. Ignorar as múltiplas camadas de discriminação é perpetuar a exclusão.
Portanto, cabe a todos e todas nós – líderes, pessoas colaboradoras e instituições – trabalhar para garantir que a diversidade seja respeitada em todas as suas formas, e que as políticas de inclusão sejam verdadeiramente equitativas.
Só assim poderemos criar ambientes de trabalho saudáveis, inovadores e prósperos para todos.
"A interseccionalidade nos lembra que as questões de gênero, raça, classe e outras identidades não são separadas. Elas se cruzam e criam experiências únicas para cada pessoa" -- Patricia Hill Collins
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Já discutimos por aqui como o racismo, a desigualdade de gênero e outras formas de discriminação impactam grupos minorizados de diversas formas.
Mas uma mulher trans negra enfrenta apenas o racismo? E quanto à transfobia? É possível vivenciar múltiplas formas de discriminação ao mesmo tempo?
Convidamos você a refletir sobre as experiências de pessoas que vivem na interseção de diferentes opressões, como gênero, raça, classe social, orientação sexual e deficiência.
A interseccionalidade, conceito popularizado pela jurista e ativista Kimberlé Crenshaw, nos ajuda a entender que as opressões não acontecem de maneira isolada, mas se sobrepõem, criando camadas de exclusão.
Se queremos criar um ambiente verdadeiramente inclusivo e equitativo, precisamos olhar além das categorias individuais de diversidade e reconhecer as complexidades das experiências de quem vive na intersecção de várias identidades de grupos minorizados.
Mas afinal, o que é Interseccionalidade?
A interseccionalidade é a análise das interações entre diferentes formas de opressão e discriminação. Pessoas negras, mulheres, LGBTQIA+, ou com deficiência não vivenciam suas identidades de maneira isolada.
Por exemplo, uma mulher negra enfrentará tanto o racismo quanto o machismo em suas experiências diárias. Esses dois tipos de opressão se combinam, resultando em um impacto mais profundo na sua vida profissional, pessoal e emocional.
Como explica Kimberlé Crenshaw:
"A interseccionalidade não é apenas sobre múltiplas identidades, mas sobre como elas interagem com os sistemas estruturais da sociedade. No ambiente corporativo, por exemplo, uma mulher negra pode enfrentar obstáculos tanto por ser mulher quanto por ser negra, e as soluções precisam considerar essa complexidade"
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Interseccionalidade no mercado de trabalho
No contexto corporativo, a interseccionalidade nos permite entender por que certas políticas de diversidade e inclusão falham em atingir uma mudança profunda.
Um programa voltado apenas para o aumento da participação feminina pode não contemplar as necessidades de mulheres negras ou mulheres trans, por exemplo.
Da mesma forma, iniciativas para combater o racismo podem não considerar como o sexismo afeta as mulheres negras de forma diferenciada.
As empresas que não olham a interseccionalidade em suas estratégias de diversidade correm o risco de contribuir com as desigualdades.
É por isso que é fundamental desenvolver políticas que considerem as diversas facetas da identidade das suas pessoas colaboradoras.
A experiência de quem vive na interseção
Mulheres negras: Estudos indicam que mulheres negras ganham, em média, 48% menos do que homens brancos no Brasil. Elas enfrentam o duplo preconceito de raça e gênero. Isso significa salários mais baixos, menor representatividade em cargos de liderança e, muitas vezes, serem vistas como menos competentes.
Pessoas LGBTQIAP+ negras: Para indivíduos que pertencem a essa comunidade, o racismo e a homofobia ou transfobia podem se somar, gerando exclusão e vulnerabilidade múltiplas. Isso resulta em altos índices de abandono escolar, dificuldades de inserção no mercado de trabalho e uma saúde mental fragilizada.
Pessoas com deficiência: As pessoas negras ou LGBTQIAP+ com deficiência enfrentam discriminação tanto por sua cor quanto por sua condição física. A falta de acessibilidade nas oportunidades de emprego é agravada pelo racismo ou LGBTfobia, o que as torna um dos grupos mais excluídos no mercado de trabalho.
Políticas inclusivas com foco na interseccionalidade
Para que as empresas criem ambientes mais inclusivos e equitativos, é necessário desenvolver estratégias que considerem a interseccionalidade.
Análise de dados: As empresas precisam coletar e analisar dados desagregados por raça, gênero, orientação sexual e deficiência. Somente assim poderão entender quem está sendo realmente beneficiado pelas políticas de inclusão e quem ainda está sendo deixado de lado.
Treinamentos: É fundamental que treinamentos de diversidade e inclusão abordem a interseccionalidade como um conceito central. Isso ajudará líderes e colaboradores a entenderem as diferentes camadas de opressão que seus colegas podem enfrentar.
Revisão de políticas internas: Processos de contratação, promoção e remuneração precisam ser revistos para garantir que os colaboradores com múltiplas identidades marginalizadas não sejam prejudicados. Isso inclui práticas como promoções, avaliações de desempenho e benefícios corporativos.
Canais de diálogo: Criar espaços seguros onde colaboradores possam discutir questões interseccionais sem medo. As vozes de grupos marginalizados precisam ser ouvidas e respeitadas.
Abraçar as diferenças
A inclusão só será possível quando entendermos as complexidades da interseccionalidade. Ignorar as múltiplas camadas de discriminação é perpetuar a exclusão.
Portanto, cabe a todos e todas nós – líderes, pessoas colaboradoras e instituições – trabalhar para garantir que a diversidade seja respeitada em todas as suas formas, e que as políticas de inclusão sejam verdadeiramente equitativas.
Só assim poderemos criar ambientes de trabalho saudáveis, inovadores e prósperos para todos.
"A interseccionalidade nos lembra que as questões de gênero, raça, classe e outras identidades não são separadas. Elas se cruzam e criam experiências únicas para cada pessoa" -- Patricia Hill Collins
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