10 dicas para adotar a equidade de gênero na sua empresa

06/01/2023

Antes das 10 dicas, tenho uma provocação, você sabe qual a diferença entre equidade e igualdade de gênero? Apesar da grafia serem parecidas, há uma grande diferença entre elas:

A equidade de gênero diz respeito a uma tentativa de reparação histórica que visa eliminar toda e qualquer discriminação contra a mulher, a fim de estabelecer a igualdade entre homens e mulheres com base no reconhecimento das necessidades e características próprias de cada gênero, especialmente em relação a desvantagens e vulnerabilidades que as mulheres enfrentam enquanto grupo, já a igualdade de gênero:

A igualdade é um princípio que visa um tratamento indiferenciado a todos os indivíduos pertencentes a um determinado grupo. Esse princípio é chamado de isonomia (do grego iso, "igual" e nomos "normas", "leis"). O artigo 5.º da Constituição Federal prevê a igualdade quando afirma:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade...

Agora que sabemos a diferença e que são termos complementares um do outro, a equidade de gênero é umas das temáticas de maior relevância nos últimos anos. De acordo com a pesquisa "Global Gender Gap Report 2020", feita pela World Economic Forum, seriam necessários mais de 99 anos para alcançarmos a equidade de gênero?

Workshops e palestras são apenas o começo para iniciar a conversa sobre esse fator histórico que é a desigualdade de gênero que conduz a violência, opressão e injustiça contra as mulheres, muitas vezes exclusivamente por conta apenas do gênero.

Para ajudar a adotar a equidade na sua empresa, elaboramos esse conteúdo com 10 dicas superimportantes. Confira!

1. Compartilhar opiniões e sentimentos

Em ambientes cada vez mais competitivos, as hard skills são requisitos básicos. Enquanto as soft skills começam a ser consideradas como diferencial estratégico. Sendo assim, de nada adianta ter excelentes hard skills, se não souber se comunicar ou relacionar-se com a diversidade humana.

Para dar voz aos colaboradores, que tal elaborar pesquisas anônimas para obter uma análise geral sobre o assunto. Outra alterativa é apostar em dinâmicas de grupo para coletar opiniões.

Aposte em perguntas do tipo: "Quantas mulheres estão em cargos de liderança nessa empresa?" e "Quantas mulheres há na sua área?", motivando debates e ideias para um plano de ação.

2. Liderar pelo exemplo

Os bons líderes sabem que precisam liderar pelo exemplo se quiserem que sua equipe alcance o sucesso. Isso pode ser especialmente útil na liderança de uma equipe que é diversa.

Liderar pelo exemplo é mostrar a sua equipe a maneira correta de compartilhar a cultura, etnia ou mesmo apenas características físicas semelhantes, como isso os liderados se sentirão mais conectados e inspirados pelo líder.

3. Saber ouvir e dialogar

A falta de comunicação está exatamente na falta de uma educação norteada pela cultura do diálogo e pelo ato de refletir em grupo, respeitando as diversidades culturais e ideológicas de cada pessoa, para consolidar um ambiente de convivência das diferenças. Se as diferenças

são aceitas e tratadas em aberto, a comunicação flui fácil, em dupla direção, as pessoas ouvem as outras, falam o que pensam e sentem e têm possibilidades de dar e receber feedback.

O diálogo é peça-chave para incluir a equidade na empresa. Nesse caso, podem ser feitas diversas palestras, por exemplo. Algumas instituições já promovem a "Semana da Equidade", um movimento que tem o intuito de apresentar os benefícios e a importância do tema.

4. Despertar a consciência

O desafio da conscientização é, na verdade, o despertar da consciência. Ou seja, que as pessoas entendam na prática o impacto da equidade de gênero para a empresa e reconheçam seu papel em uma mudança estrutural de mindset e práticas isso porque, quando falamos sobre as relações dentro das empresas, cada agente tem seu nível de responsabilidade, diretamente associado com seu cargo e influência na corporação.

Para atuar em prol do despertar da consciência pode-se:

5. Apoiar às mulheres

Pense naquelas ações que vão apoiar as mulheres da equipe, principalmente as mães, como um day off no aniversário do filho ou acompanhamento em consultas médicas.

Faça com que os filhos e as filhas dessas colaboradoras estejam na empresa em datas predeterminadas (por exemplo, Dia das Crianças). Tudo isso reforça os laços entre a equipe, mostrando ser uma organização que se importa com a convivência das crianças e das mães.

6. Repudiar atitudes machistas

A organização precisa ter uma política clara relacionada a casos de machismo. Oriente todas as pessoas da equipe, a fim de que ninguém se cale mediante essas atitudes.

Não só o machismo, mais qualquer forma de violência e discriminação deve ser apurada. Pequenas atitudes refletem positivamente para que o ambiente organizacional seja exemplo em equidade de gênero.

7. Ter processos seletivos direcionados para mulheres

Procure promover processos seletivos nos quais a intenção seja priorizar a contratação de mulheres, seja com base em buscas ativas ou, ainda, políticas de ações afirmativas que as priorizem. Alguns exemplos de empresas que possuem processos exclusivos para mulheres:

8. Proporcionar equidade salarial

Empresas que praticam a equidade salarial apresentam relações mais transparentes com toda a equipe, proporcionando um ambiente com pessoas colaboradoras mais evoluídas na carreira e valorizadas com salários justos. Segue alguns benefícios que a equidade salarial promove para as empresas:

9. Promover um ambiente organizacional seguro

De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão identificou que 40% delas dizem que já foram xingadas ou já ouviram gritos no trabalho, contra 13% dos homens. A pesquisa também revelou que na percepção de 92% dos entrevistados, mulheres sofrem mais situações de constrangimento e assédio no ambiente de trabalho do que os homens.

É importante lembrar que todo e qualquer tipo de assédio não pode ser aceito! Dessa forma, o local de trabalho deve passar segurança para essas mulheres, como poder exercer o direito da maternidade sem medo de uma possível demissão.

10. Analisar os resultados

Com todas essas dicas em prática, é fundamental observar os resultados. As métricas da empresa precisam ser analisadas a cada dois ou três meses. Esses dados servem para entender quais pontos e áreas necessitam de melhorias.

Com a promoção da equidade de gênero, pode-se compreender que as empresas se beneficiam e, ao mesmo tempo, a sociedade dá um passo na aceitação da diversidade e na luta pelos direitos iguais.

O que achou do conteúdo? Aproveite para compartilhar com sua rede e espalhar informações por aí! Não deixe de bater um papo conosco para conhecer as metodologias de diversidade que temos para a sua empresa.


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