IPO: o que é e sua relação com a diversidade

Sabemos que a diversidade nas empresas é capaz, entre outras vantagens, de promover ambientes mais saudáveis e incentivar a troca de experiência entre diferentes perfis profissionais, certo? Agora, diversidade e IPO estão unidos.

Mas você já ouviu falar sobre o IPO? O termo se refere à abertura de capital de uma empresa na bolsa de valores, a partir da negociação (compra e venda) de ações. É também uma excelente conquista para a companhia, afinal, é uma oportunidade de mostrar seu potencial e seu compromisso com a diversidade para o mercado financeiro.

Por isso, é importante entender o que é o IPO para, assim, tomar as melhores decisões e fazer a escolha certa na hora de ter sua estreia na bolsa.

Afinal, o que é o IPO?

O IPO (Initial Public Offering), em tradução livre "Oferta Pública Inicial", nada mais é do que o evento realizado pela bolsa de valores, onde as empresas têm seu capital aberto, por meio da negociação de suas ações.

Essas ofertas públicas iniciais podem ser consideradas uma oportunidade, seja para as pessoas investidoras que querem ganho imediato ou aquelas que desejam a longo prazo.

Em sua maioria, organizações que decidem fazer IPO já se encontram "maduras" no mundo dos negócios e se consideram aptas para crescer e ir além. Ou seja, estão prontas para vender parte dos patrimônios e, assim, arrecadar fundos para esse crescimento. Dessa forma, pode-se dizer que a busca pelo IPO é para ter recursos para investimento.

Diversidade nas empresas é realmente importante?

A partir do momento que várias culturas são combinadas, é possível proporcionar experiências únicas e com valores que melhoram a convivência e troca de aprendizado nas organizações. Saber ouvir opiniões diversas ajuda a pensar além, ampliando a criatividade.

Então, sim, a diversidade nas empresas é importante! Promovê-la nas empresas proporciona vantagens significativas, como melhor gestão de riscos, oportunidades para a inovação e aumento do contato com novos públicos, por exemplo.

De forma simples, a diversidade representa a junção de pluralidades que convivem de forma harmoniosa, justa e respeitosa com todas as diferenças. Ou seja, ela pode e deve estar presente em qualquer empresa.

Saiba como sua empresa pode estrear na bolsa de valores

Para que uma empresa estreie na bolsa de valores, ela deve cumprir requisitos legais e regulatórios, entre eles, ser constituída como uma sociedade anônima, fazendo com que o capital seja dividido em ações.

O IPO não é algo feito de uma hora para a outra, podendo levar anos. E se você deseja abrir o capital da sua empresa, é necessário seguir as seguintes etapas:

1. Planejamento e auditoria

Trata-se do momento de preparar a empresa para abrir o capital, sendo a etapa mais longa de todo o processo de IPO. É exigido que a empresa tenha ao menos três anos de balanço editado para conseguir a abertura. Quando a instituição já realiza a auditoria desses resultados, esse primeiro passo fica mais fácil.

No planejamento, todas as características da operação são definidas, o que inclui o volume de recursos a serem captados, a fim de identificar se os documentos das ações devem ou não serem emitidos novamente.

2. Roadshows

São reuniões de apresentações nas quais a empresa mostra sua oferta para o mercado. Elas são realizadas pelas instituições financeiras com o objetivo de despertar o interesse de pessoas investidoras que desejam participar do negócio.

Outro ponto é que o roadshow conta com a presença de pessoas executivas e da presidência da empresa. O importante é o produto/serviço ser apresentado e todas as dúvidas dos participantes serem esclarecidas.

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3. Registro e listagem

Durante o IPO, será necessário realizar a solicitação do registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) - entidade responsável por regular esses mercados de capitais, autorizando a venda das ações.

Além disso, as empresas devem realizar a solicitação da listagem na bolsa de valores brasileira, a B3. Afinal, somente organizações listadas podem ser negociadas.

4. Prospecto

Trata-se de um documento importante para o IPO. Muitas vezes, com centenas de páginas, ele carrega dados sobre a empresa e sobre a oferta, tudo para que a pessoa investidora tenha acesso às informações e possa tomar a melhor decisão.

Quando o prospecto é elaborado, as empresas devem seguir a estrutura já estabelecida para o conteúdo e para a apresentação do documento, que seleciona os fatores de risco da companhia, da economia e da operação.

5. Dia D: estreia na bolsa

O Dia D é a data em que as ações da empresa começam a ser negociadas, o que indica que o desempenho e os trabalhos realizados obtiveram resultados. Durante a estreia na bolsa, as pessoas investidoras costumam estar eufóricas, afinal, é sinal de que o mercado recebeu a operação, e elas querem aproveitar as melhores oportunidades.

IPO e a diversidade

Além das regras já existentes do IPO, a B3 criou novas para suas empresas listadas. Com elas, espera-se que as companhias passem a ser mais transparentes e adotem ações de diversidade.

Para isso, a bolsa exige que as empresas tenham, pelo menos, uma mulher e uma pessoa integrante de um grupo minorizado (pessoas pretas ou pardas, integrantes da comunidade LGBTQIAP+ ou pessoas com deficiência) nos conselhos de administração ou nas diretorias estatutárias.

Um levantamento feito pela bolsa brasileira aponta que 60% das suas 423 companhias não possuem mulheres em cargos estatutários, e 37% não têm participação de mulheres no conselho administrativo.

Com isso, pudemos compreender que a causa é necessária para as empresas. Isso faz com que a diversidade de gênero e a representatividade dos grupos minorizados estejam presentes nos cargos de grande liderança.

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